Biosofia nº 44
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| ARTIGO | PAG |
| Palavras de Ouro
Poema da Presença Eterna, in: ‘Poemas Póstumos’ de António Gedeão |
2 |
| Editorial
O Valor da Oposição |
3 |
| O Desafio da Vida
Acompanhamento Escolar e Orientação Vocacional – Caminhos na Procura de um Sentido … |
4 |
| Aprender a Ser
Da Compaixão ao Perdão |
9 |
| Um Dia na História I
Hanno, o Elefante Branco |
19 |
| Um Dia na História II
Beethoven |
22 |
| Vidas Maiores
Maria Montessori – De um Homem Novo Para um Mundo Novo |
23 |
| Con(tro)versas
A Arte de Agradecer – Uma Prática Diária Que Prepara a Felicidade Eterna |
27 |
| Entre o Céu e a Terra
Da Mundividência da Ciência |
29 |
| Horizontes de Sophia
Simples é Bom |
33 |
| Ecologia
A (in)Compreensão de Gaia |
38 |
| Espaço HPB
A Doutrina Secreta, Vol.1 (excertos) |
42 |
| Mitos e Tradições I
Espiritualidades Indianas |
43 |
| Mitos e Tradições II
Astrologia – Um valioso tesouro do passado, Uma janela para o futuro |
51 |
| Saúde e Equilíbrio
Moringa – Um Milagre da Natureza |
59 |
| Sabores Naturais
Abóbora Dourada Salada de Tomate e Dióspiro |
61 |
| (O) Culto do Som
Biomusicologia Terapêutica – Contexto Biológico da Biomusicologia Terapêutica |
62 |
| Palavras Para Quê?
Publicação do livro: “Esoterismo de A a Z” – José Manuel Anacleto |
69 |
| Notícias do CLUC
Curso “Fundamentos de Magia No Recto Caminho” – programa Curso “Psicologia Esotérica e Evolutiva” – programa Curso “Estudo e Comentário de Textos Tradicionais” – programa Seminário “O Discípulo no Caminho e a sua Relação com o Mundo”- programa Práticas Coletivas (Concentração / Meditação) |
70 |
Editorial
O VALOR DA OPOSIÇÃO
A vida é feita de contrastes e obstáculos. Parte deles, no imediato desagradáveis, têm utilidade imprescindível na dialéctica da evolução.
Expansão e contracção – como se vê a Árvore da Vida pela oposição entre as Colunas da Misericórdia e da Severidade –, como expiração e inspiração, fluxo e refluxo, atracção e repulsão, estão inscritas na ordem da Natureza. Expansão e facilidades ilimitadas, neste sentido, seriam tão impossíveis como uma expiração infinita. E o oposto é igualmente verdade. Em algumas abordagens, falou-se na mão direita e na mão esquerda da Divindade.
Qualquer hábito ou forma de pensamento, atingido o seu ponto de máxima expansão, tende a exaurir-se, levando a um esvaimento de consciência, se não se lhe opuser uma resistência ou concepção de sinal contrário. Hegel estava certo na sua formulação trifásica de tese-antítese-síntese.
Muitos de nós teremos hoje que viver isto mais ao nível psicológico que físico. A dor e a miséria física poderão, desejavelmente, ser eliminadas. Também a recta conduta, em obediência às leis e aos ritmos naturais, anulará boa parte do sofrimento moral. No entanto, a estagnação e a unilateralidade são letais. Precisamos sempre de nos contrastar com outras maneiras de ver e existir. “As mentes mais nobres admitem, apreciam e aproveitam as dúvidas, quanto mais não seja para obterem compreensões mais perfeitas e mais sintéticas”, como se escreveu num antigo livro do Centro Lusitano de Unificação Cultural.
As guerras e perseguições religiosas são algo de tremendamente deplorável: o ecumenismo amplo e um convívio pacífico e dialogante são altamente elogiáveis. Isso, porém, não deve significar um unanimismo acéfalo e irreflectido, um “bonzismo” sem substância, um transformar simplista, nas asas do populismo e da conveniência momentânea, de concepções mantidas por séculos ou milénios.
Podiam estas ser erradas, e em muitos pontos o eram brutalmente (caso, por exemplo próximo, da Igreja Católica), e a mudança ser para melhor e deveras louvável; todavia, qual a confiança que propicia alterações súbitas, sem explicação ou fundamentação dessas alterações? E serão os… recém-convertidos a boas ideias ou boas práticas dignos da mesma credibilidade que aqueles que as afirmavam muito, muito antes, arrostando até com os vitupérios e perseguições dos novos campeões?
Pensamos, deste modo, que os melhores instrutores são os que facultam e valoram distintos pontos de vista, até aparentemente contraditórios, ou mesmos opostos aos seus, porque não têm receio das comparações e da busca incessante e nunca terminada da verdade, e porque sabem que tal contraste é enriquecedor e potenciador da consciência.
A Espiritualidade também requer maturidade. Quem conhece uma ou duas coisas, da moda ou do acaso, e nelas se concentra superficialmente, não faz bem em pensar “eu sei!”, “eu sei!”, “eu sei!”. Pense-se antes: há muito que não sei e poderei vir saber, com utilidade para todos.
José Manuel Anacleto
Presidente do Centro Lusitano de Unificação Cultural
Informação adicional
| Peso | 0.225 kg |
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